2 de agosto de 2011

Descartável


Vivemos na era do descartável, do substituível. Tudo que usamos pode ser considerado descartável. Não temos mais tempo nem paciência de usar algo e cuidar para usar depois, é muito mais fácil usar e jogar fora quando não se precisa mais.
Não temos mais espaço para ficar guardando e entulhando coisas em casa. O mundo está assim, e pelo incrível que pareça, a maioria das pessoas estão assim também. Muitas pessoas são tratadas como algo descartável. Empresas consideram seus funcionários descartáveis, enquanto precisam usam, e de uma hora para a outra, descartam. Quando precisam, se pega outra no lugar.
Assim também se dá em outros aspectos da vida, na amizade, nos relacionamentos. Muita gente se relaciona ou mesmo casa com alguém já pensando que, se não der certo (ou não servir mais) eu troco, como se as pessoas viessem embrulhadas em plásticos-bolhas e ficasse a disposição em uma prateleira.
Até mesmo filhos e animais de estimação são considerados descartáveis hoje em dia. A mãe teve um filho, chorou ou aconteceu alguma coisa, já não quer mais. O que essa pessoa pensa, que se trata de um produto com defeito?
Pode parecer um tanto grosseiro o que eu escrevi, mas infelizmente é o que vemos nas casas, andando pela rua. Observamos nas atitudes e pelas conversas paralelas que ouvimos nos corredores dos shoppings, nos ônibus e na internet. Não estou generalizando também, existem muitas pessoas que consideram os outros como bens duráveis, e para a vida toda, e essas estão de parabéns, pois possuem algo de inestimável valor.
Lembrem-se, diferente do ditado popular, na verdade ninguém é substituível.

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