3 de agosto de 2011

Frankenstein

Frankenstein, um ser criado a partir de partes de outros corpos, coberto de cicatrizes e retalhos. Assustador? Sim, mas na verdade todos somos um pouco parecidos com essa criatura das histórias.
Todos nós carregamos cicatrizes carnais e emocionais. Algumas profundas e outras que já se fecharam a muito tempo, e algumas que estavam fechadas e foram abertas novamente.
E como os personagens da história, sentimos repulsa quando alguém se mostra imperfeito de mais, com mais sicatrizes que outros. Acabamos tomando medidas extremas para nos afastar dessas pessoas, sem se lembrar que nós, assim como todos também temos nossas imperfeições, que, aos olhos de outros, podem ser tão repugnantes ou mais do que as cicatrizes dos outros.
Queremos achar a pessoa perfeita, mas nem sabemos ao certo o que é a perfeição. Não conseguimos definir se algo é perfeito. Para alguns a perfeição pode estar na forma física, para outros no jeito com que nos tratam, como respeito que nos passam.
E para cada uma das opções de perfeição, cada pessoa tem um conceito formado. As vezes o que é feio para você, pode ser o perfeito para outro.
Temos de aprender a conviver com as cicatrizes que a vida deixou nas pessoas, porque ela também deixou cicatrizes, muitas vezes profundas e visíveis em nós mesmo. Temos de aprender a dar valor as pessoas que nos dão valor, guardando elas ao nosso lado, demonstrando constantemente o que sentimos, o que achamos dessas pessoas. Quem sabe fazendo isso, as outras pessoas também parem de se encomodar com as cicatrizes que carregamos?

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